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Opções de açúcar não faltam nas prateleiras dos mercados: cristal, refinado, mascavo, orgânico, frutose e light. Mas a nutricionista Fernanda Pisciolaro, membro da ABESO (Associação Brasileira de Estudos Sobre a Obesidade), explica que a diferença está, basicamente, no processo de refinação. “O mascavo, por exemplo, é mais escuro porque não é submetido a processo de refinamento tanto quanto os outros, que são mais clarinhos”, diz Pisciolaro.

A endocrinologista Lívia Lugarinho, membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, ainda ressalta que, independentemente de qual tipo você prefira, é preciso ficar atento para não exagerar. “Qualquer tipo, até mesmo a versão light, pode provocar os problemas relacionado ao alto consumo de açúcar, como diabetes e obesidade”, explica.
Aliás, o tipo light, que passa a ideia de ser mais leve, é apenas uma combinação de açúcar comum com algum tipo de adoçante. “Alimentos intitulados como light apresentam 30% de redução em algum componente, não quer dizer que são necessariamente isentos de gordura e calorias”, explica a endocrinologista.
Conheça os tipos de açúcar:
Refinado: é o mais conhecido entre os açúcares. Durante o processo de refinamento, alguns aditivos químicos, como enxofre, são adicionados para dar a coloração branca. Nesse processo, porém, algumas vitaminas e sais minerais acabam sendo perdidos.
Mascavo: é o açúcar em forma bruta, extraído depois do cozimento do caldo de cana. Como não passa por refinamento, apresenta coloração mais escura e sabor mais encorpado, semelhante ao da cana-de-açúcar. Sem refinamento, são preservados o cálcio, o ferro e os sais minerais.
Cristal: é apresentado na forma de cristais grandes e transparentes, mais difíceis de serem dissolvidos em água. Passa por leve processo de refinamento, mas mesmo assim 90% das vitaminas são retiradas. É mais apropriado para o uso culinário.
Orgânico: não são utilizados ingredientes artificiais em sua composição. Assim como o mascavo, não passa pelo mesmo processo de refinação que o açúcar cristal e refinado, por isso também é mais escuro, mas mantém mais vitaminas.
Light: é resultado da combinação do açúcar refinado com adoçantes artificiais. É menos calórico, mas também tem menor sabor. Por isso, é preciso cuidado para não usar grandes quantidades e acabar perdendo o benefício das calorias a menos.
Frutose: é o açúcar extraído de frutas e do milho. Muito mais doce que os anteriores, esse tipo de açúcar, apesar de ser natural, tem menos vitaminas que os outros.
Açúcar ou adoçante?
Para Pisciolaro, antes de fazer a troca é preciso avaliar quem irá consumir o produto. “Não dá para dizer simplesmente se um ou outro é melhor. Para um diabético, o adoçante é melhor. Para uma criança, que tende a gastar mais calorias por conta das atividades comuns nessa idade, o açúcar é preferível”, explica.
Além disso, a nutricionista explica que consumir adoçante não dá sensação de saciedade.  “Ao ingerir adoçante, a vontade de comer doce não é totalmente suprida”. Além disso, os doces feitos com adoçante causam a impressão de que, por serem lights, podem ser consumidos à vontade. Engano, podem engordar do mesmo jeito”, diz.
Já a endocrinologista Lugarinho acredita que é sempre melhor optar pelo adoçante. “Existe um medo que associa o adoçante ao risco de câncer, mas não existem estudos que comprovem tal relação. Para causar um problema desse tipo, a quantidade consumida teria de ser muito alta” completa.
Não consigo evitar doces! E agora?
Em geral, a vontade de comer doces está ligada à falta de outros nutrientes, geralmente causada pelo hábito de se fazer refeições irregulares com poucas frutas e verduras. Para diminuir a ânsia por doces, faça refeições balanceadas. Evite trocar as calorias do bom e velho arroz com feijão pelas dos doces.
Um bom substituto para os doces são as frutas e sucos. Para se ter uma ideia, uma lata de refrigerante tem 108 calorias só de açúcar, enquanto a mesma quantidade de água de coco tem 63 calorias. 
Outra dica é observar se você está com fome, antes de atacar os doces. “Se estiver, mate a fome antes com os fontes de carboidratos e proteínas, como a combinação arroz, feijão e uma carne, e só depois coma o chocolate” reforça Pisciolaro. O doce não foi feito para matar a fome.
Se mesmo assim a vontade não passar, a necessidade de comer açúcar pode estar relacionada a problemas psicológicos. Nesse caso, vale uma visita a um profissional.


Fonte: Daqui