Um acessório tem causado polêmica entre mães e psicólogos da infância no Brasil. A chamada "coleira infantil", uma espécie de mochila extremamente parecida com a guia para cachorros, é usada há muitos anos, principalmente no exterior.
Mas não pense que a repulsa ao acessório é coisa das mães brasileiras. Apesar do uso frequente, em uma breve pesquisa na internet, é possível encontrar depoimentos de mães do mundo inteiro que comparam as crianças "encoleiradas" a "cachorros presos no quintal, tentando desesperadamente caçar esquilos".
Para a psicopedagoga Milene Massucato, os grandes contras dessa medida são as consequências da falta de afeto geradas pelo uso indiscriminado do acessório, mas pondera, garantindo que o uso em locais de grande aglomeração - como aeroportos e exposições -, vez ou outra, não atrapalha em nada o desenvolvimento psicológico de uma criança.
"É muito prático poder contar com esse artigo na infância, poder passear sem ter que se preocupar com os filhos, que estão ali, amarrados. Mas e quando a adolescência chegar? Vamos prender os jovenzinhos em seus quartos? Acorrentá-los? É aí que o uso se torna um problema, pois essa criança, muito provavelmente, se tornará um adulto que não respeita limites, que não aceita frustrações", alerta.
Apesar da sensação de segurança dada aos pais, Milene acredita que os vínculos entre pais e filhos acabam fragilizados, uma vez que o pequeno estará o tempo todo preso e eles não deverão se preocupar se ele obedece ou não.
Comando de voz
Muita mãe torceu o nariz para a "mochilinha". Milene - que também é mãe - conta que, antes de sair de casa, prefere explicar ao seu filho (de dois anos) que ele deverá permanecer perto dela o tempo todo e não desobedecê-la, senão será punido. "Educo meus filhos de forma que minha palavra e meu olhar de reprovação já bastam para conter uma atitude inaceitável", relata ela, que dará luz a uma menina nos próximos dias.
Paula Belmino, pedagoga e mãe de Alice confessa que sua pequena é muito levada, mas nem por isso aprova o uso da coleira que, segundo ela, tornaria a criança "castrada", sem independência.
"Deixo minha filha livre, mas ao mesmo tempo guardando, segurando pela mão quando vamos à rua, e nada melhor que isto, pois além de estar à minha vista, também temos o contato físico que nos une, nos fortalece o amor."
"Deixo minha filha livre, mas ao mesmo tempo guardando, segurando pela mão quando vamos à rua, e nada melhor que isto, pois além de estar à minha vista, também temos o contato físico que nos une, nos fortalece o amor."
"Coleira é pra cão, guia, minha filha eu conduzo na voz, no afeto, no que ensino e dialogo e no toque de nossas mãos que nos faz sermos juntas em qualquer lugar por onde ela for", conclui Paula, que diz que controla a filha com conversas.
"Qualquer instrumento que gere uma falsa segurança e tente substituir o processo de educação e as vivências reais da educação da infância não me agrada", reitera Eliane Chagas, professora de educação infantil e mãe de Caetano. "Tenho um filho de três anos curioso e capaz de dar suas escapadas, mas eu como mãe também estou em processo de aprendizagem e o grande barato é aprender com as situações."
Minha opinião: Sou totalmente contra!!!
Imagens retiradas do Google
Fonte:Daqui
Sou contra, pois para mim isso é sinônimo de falta de amor ao filho. Por que não pegar na mão da criança? Por que não faze-lo entender o perigo que é ficar solto num local público? Acho que é mais comodo para os pais prender o filho numa coleira e mostrar pra ele que não diferença entre ele o cachorrinho de casa.
ResponderExcluirhttp://vidademaevidadefilho.blogspot.com.br/
http://www.mepintando.com.br/
Super concordo com o que vc disse Adrienne.
ExcluirBeijos.